Reino Unido 'não tem planos' de devolver esculturas do Partenon à Grécia, diz governo
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que se reunirá na terça-feira com seu homólogo grego, Kyriakos Mitsotakis, "não tem planos" de facilitar a devolução dos Mármores do Partenon, solicitados há décadas por Atenas, afirmou nesta segunda-feira(27) um porta-voz do líder conservador.
A Grécia argumenta que os frisos do Partenon foram "roubados" durante a ocupação otomana do país.
Londres disse que as esculturas foram "adquiridas legalmente" em 1802 pelo diplomata Lord Elgin, que as vendeu ao Museu Britânico.
No domingo, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, afirmou que pressionaria pela devolução dos mármores em sua reunião com Rishi Sunak na terça-feira durante uma viagem de três dias ao Reino Unido.
No entanto, o porta-voz de Rishi Sunak afirmou que o primeiro-ministro sempre foi "consistente" em sua posição, considerando que os Mármores do Partenon são "bens importantes" para o Reino Unido, que "preserva" este patrimônio "há gerações".
"Pertencem legalmente" ao Museu Britânico, disse à imprensa. "Apoiamos veementemente esta posição e as normas desta instituição proíbem a retiradas de objetos do acervo", afirmou. "Não temos planos de mudar a lei", insistiu.
Em uma entrevista a BBC no domingo, Kyriakos Mitsotakis estimou que manter parte dos frisos do Partenon fora da Grécia seria como "cortar a Mona Lisa em dois".
O Partenon, um templo construído no século V antes de Cristo em homenagem à deusa Atena, foi parcialmente destruído em 1687, em confrontos entre o Império Otomano e a República de Veneza, e depois foi saqueado.
Partes do templo estão em vários museus de todo o mundo. Peças do Partenon estão expostas em Londres desde 1817.
Em 2023, três fragmentos que estiveram no Vaticano por séculos foram devolvidos à Grécia.
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