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Covid-19 - cronologia de uma crise mundial
Covid-19 - cronologia de uma crise mundial / foto: STR - AFP/Arquivos

Covid-19 - cronologia de uma crise mundial

Desde sua detecção, no fim de 2019 na China, à suspensão da situação de emergência sanitária mundial, a covid-19 passou por uma fase de propagação pandêmica, com muitas variantes, que deixou milhões de mortos e paralisou a economia global.

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- Surgimento -

Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebe a informação de casos de uma pneumonia "de origem desconhecida" na cidade chinesa de Wuhan (centro).

Em 7 de janeiro de 2020, a causa é identificada: um novo vírus da família dos coronavírus. Quatro dias depois, a China anuncia a primeira morte oficial provocada por uma doença que posteriormente se chamaria covid-19.

Em 23 de janeiro, as autoridades confinam toda a população de Wuhan para tentar conter a epidemia.

O primeiro óbito oficial fora da Ásia é registrado em 15 de fevereiro: um turista chinês hospitalizado na França.

- Pandemia -

Em 6 de março, a epidemia supera a marca dos 100 mil casos no mundo. A Itália, primeiro país europeu afetado, impõe um confinamento no norte, que depois estende ao resto do território.

- A Europa se entrincheira -

Em 16 de março, a Alemanha insta sua população a "ficar em casa" e o Reino Unido pede que se evite qualquer "contato social". Um dia depois, a França entra em confinamento.

- Metade da humanidade confinada -

Em 2 de abril, mais de 3,9 bilhões de pessoas, metade da humanidade, são obrigadas ou instadas a se confinar, segundo balanço da AFP. A marca de um milhão de casos é superada.

- A polêmica hidroxicloroquina -

Em 22 de maio, um estudo internacional de amplo alcance qualifica como ineficaz o tratamento anticovid com hidroxicloroquina, medicamento antimalária, promovido para tratar a doença pelo médico francês Didier Raoult e apoiado pelos então presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Jair Bolsonaro.

- Brasil e Estados Unidos afetados -

Em 7 de junho, a pandemia supera os 400 mil mortos e avança rapidamente pela América Latina. O Brasil se torna o segundo país com mais vítimas fatais, atrás dos Estados Unidos.

- Boicote às máscaras -

Vários países europeus impõem o uso de máscaras nos transportes públicos, nas ruas, em escolas e empresas.

No fim do verão, são convocadas manifestações contra as máscaras em Berlim, Londres, Paris e Roma.

- Segunda e terceira ondas -

Em 28 de setembro, é superada a marca do milhão de mortos.

Na Europa, os contágios voltam a disparar em outubro e vários países decretam novas medidas de confinamento e toques de recolher.

- Vacinas em tempo recorde -

Vacinas são criadas em tempo recorde e, no fim de 2020, as primeiras doses são aplicadas nos Estados Unidos e na Europa.

- Novas variantes -

O número de mortos chega aos dois milhões em 15 de janeiro.

- Esperança nas vacinas -

Campanhas de vacinação têm início em dezembro em Reino Unido, Rússia, Estados Unidos e na União Europeia. A China começa a vacinar em julho.

No começo de março, a pandemia dá sinais de desaceleração nos Estados Unidos, mas volta a crescer na Europa e na América Latina.

- A origem do coronavírus -

Em janeiro e fevereiro de 2021, uma delegação da Organização Mundial da Saúde (OMS) investiga, na China, a origem do novo coronavírus.

O mundo científico considera que a pandemia começou porque um animal transmitiu o vírus aos humanos, provavelmente no mercado de Huanan, em Wuhan. Pesquisadores e autoridades americanos defendem a hipótese do vazamento de um laboratório em um instituto científico de Wuhan.

- Delta, ômicron: variantes temidas -

Muito mais transmissível, a variante delta provoca uma hecatombe em abril e maio de 2021 na Índia, que se torna o terceiro país com mais mortes no mundo.

No fim de novembro, uma variante ainda mais contagiosa, a ômicron, aparece no sul da África. A nova cepa se propaga rapidamente no começo de 2022 e causa um número recorde de casos, embora seus sintomas sejam mais leves.

- Onda epidêmica na China -

A inflexível política de "covid zero" chinesa, baseada em confinamentos drásticos, provoca, em novembro, uma onda de protestos inédito desde as mobilizações pró-democracia na Praça Tiananmen, de Pequim, em 1989.

Em resposta, em 7 de dezembro de 2022, a China abranda as regras sanitárias e em seguida suspende as principais restrições, provocando uma onda de contágios.

- Suspensão das medidas -

Em março de 2023, a OMS assegura que, em pouco tempo, a covid não será mais perigosa do que a gripe sazonal.

Progressivamente, os países suspendem a emergência sanitária e suas medidas anticovid.

- Suspensão do alerta máximo -

Em 5 de maio, a OMS suspende o nível de alerta máximo. Seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, considera que a pandemia provocou "pelo menos 20 milhões" de mortes, quase três vezes mais que o balanço oficial da organização.

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