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Rebeca Andrade é ouro no solo da ginástica em dia de prata e bronze para o Brasil no surfe
Rebeca Andrade é ouro no solo da ginástica em dia de prata e bronze para o Brasil no surfe / foto: Gabriel BOUYS - AFP

Rebeca Andrade é ouro no solo da ginástica em dia de prata e bronze para o Brasil no surfe

A segunda-feira, 5 de agosto, foi um dia histórico não só para a ginástica artística mas para o esporte brasileiro. Rebeca Andrade conquistou a medalha de ouro no solo dos Jogos Olímpicos de Paris, superando na final a espetacular americana Simone Biles, que ficou com a prata, e sua compatriota Jordan Chiles, bronze.

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O dia também ficou marcado por duas medalhas no surfe. A prata de Tatiana Weston-Webb, a primeira para uma mulher brasileira na modalidade, e o bronze para Gabriel Medina.

- Rebeca reverenciada -

Com uma apresentação impecável, Rebeca somou sua quarta medalha em Paris - depois das pratas no salto sobre a mesa e no individual geral e do bronze por equipes - e o sexto pódio olímpico total, o que a torna a maior medalhista do Brasil na história dos Jogos.

Entre Tóquio-2020 e Paris-2024, a ginasta de Guarulhos conquistou dois ouros, três pratas e um bronze. Dessa forma, ela supera os iatistas Robert Scheidt e Torben Grael, que têm cinco medalhas cada um.

Na final do solo, que encerrou a programação da ginástica artística na capital francesa, Rebeca conseguiu a nota de 14,166, contra 14,133 de Biles e 13,766 de Chiles. No pódio, já com a medalha de ouro, foi reverenciada pelas duas americanas.

Horas antes, a brasileira disputou a final da trave de equilíbrio e ficou fora do pódio, com a quarta colocação, também à frente de Simone Biles, que ficou em quinto.

Apesar de não ter subido no degrau mais alto do pódio no último dia da ginástica, Simone Biles se despede de Paris com três ouros: na competição por equipes pelos Estados Unidos, no individual geral e no salto. No total, a estrela americana soma 11 medalhas olímpicas, sendo sete de ouro, duas de prata e duas de bronze.

- Tati é prata, Medina bronze -

No surfe, a brasileira Tatiana Weston-Webb conquistou a inédita medalha de prata ao ser derrotada pela americana Caroline Marks na final, em Teahupo'o, na Polinésia Francesa.

Em uma disputa acirrada, a gaúcha, que teve uma pontuação total de 10.33 perdeu para a americana, que alcançou um somatório de 10.50.

Marks soube aproveitar uma onda com tubo e obteve nota 7.50. A brasileira partiu então para o tudo ou nada no final e por pouco não passou à frente com a última onda.

Ela precisava de um 4.68, mas conseguiu 4.50 nessa última onda.

Antes dela, Gabriel Medina superou a frustração de perder nas semifinais para o australiano Jack Robinson, em uma bateria em que faltaram ondas, e conquistou a inédita medalha de bronze ao derrotar o peruano Alonso Correa com um somatório de 15.54 (7.77 + 7.77) contra 12.43 (6.83 + 5.60) do adversário. O ouro ficou com Kauli Vaast.

- Vitória na areia, eliminação na quadra -

No vôlei de praia, a dupla brasileira formada por Ana Patrícia e Duda venceu as japonesas Hasegawa Akiko e Ishii Miki por 2 a 0, com parciais de 21-15 e 21-16 e avançou às quartas de final do vôlei de praia.

A dupla do Brasil vai enfrentar a da Letônia formada por Tina Graudina e Anastasija Samoilova, na quarta-feira (7), valendo vaga nas semifinais.

Já no vôlei de quadra masculino, o Brasil decepcionou. Foi eliminado nas quartas de final ao perder para os Estados Unidos por 3 sets a 1, parciais de 24-26, 30-28, 19-25 e 19-25 terminando o torneio em oitavo lugar.

Foi a primeira vez desde Sydney-2000 que a seleção masculina fica fora de uma semifinal

- Brasileira faz história no tênis de mesa -

A equipe brasileira feminina do tênis de mesa, formada por Bruna Alexandre e as irmãs Bruna e Giulia Takahashi, foi eliminada ao ser derrotada pela Coreia do Sul nas oitavas de final por 3 a 1 no placar geral.

Mas apesar da derrota, Bruna Alexandre fez história em Paris. A jogadora de 29 anos, que perdeu um braço logo após o nascimento, se tornou a primeira atleta brasileira a disputar Jogos Olímpicos e Paralímpicos. E este ano ela participará dos dois eventos na capital francesa.

Mais cedo o time masculino do Brasil avançou às quartas de final ao vencer a equipe de Portugal.

Hugo Calderano, Vitor Ishiy e Guilherme Teodoro eliminaram os portugueses com 3 vitórias a 1.

- Alison e Matheus avançam às semis -

Os brasileiros Matheus Lima e Alison dos Santos, o 'Piu', se classificaram para as semifinais dos 400m com barreiras.

O norueguês Karsten Warholm, atual campeão olímpico e mundial, recordista mundial da prova, foi o mais rápido no geral, com o tempo de 47s57. O americano Rai Benjamin, prata nos Jogos de Tóquio, venceu sua série e fez o segundo melhor tempo com 48s82.

Por sua vez, Alison, bronze olímpico e campeão mundial em 2022, foi o terceiro na série que disputou com o tempo de 48s75, depois de diminuir o ritmo na parte final da prova.

Os três primeiros de cada série avançavam diretamente às semifinais.

Na classificação geral, 'Piu' foi o 14º colocado, mas muito por conta de sua gestão de esforço na reta final.

Outro brasileiro classificado, Matheus Lima marcou o tempo de 48.90 na preliminar.

- Ana Sátila em 8º no caiaque cross -

A brasileira Ana Sátila encerrou sua participação nos Jogos com a oitava colocação no caiaque cross da canoagem slalom.

Ana também participou das categorias C1 (canoa individual) e K1 (caiaque individual) ao longo dos Jogos. No total, a brasileira disputou de 12 provas em dez dias.

Depois de se classificar nas eliminatórias do caiaque cross no domingo, a canoísta avançou nas quartas de final e ficou em terceiro na semifinal, resultado que a tirou da disputa por medalhas.

Depois, Ana fez sua última prova, a disputa entre o quinto e o oitavo lugar, e acabou chegando atrás das demais concorrentes.

A medalha de ouro do caiaque cross ficou com a australiana Noemie Fox, seguida pela francesa Angele Hug, prata, e pela britânica Kimberley Woods, bronze.

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