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Social-democratas lideram eleições na Romênia, mas com forte avanço da extrema direita
Social-democratas lideram eleições na Romênia, mas com forte avanço da extrema direita / foto: Daniel MIHAILESCU - AFP

Social-democratas lideram eleições na Romênia, mas com forte avanço da extrema direita

O Partido Social-Democrata (PSD), da coalizão governante, lidera as eleições legislativas na Romênia, mas a extrema direita registrou avanços significativos, segundo uma pesquisa de boca de urna divulgada após o fechamento da votação deste domingo (1º).

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O PSD, que governa em aliança com os liberais neste país membro da União Europeia e da Otan, obteve 26% dos votos, superando as demais formações.

No entanto, a soma dos votos de todos os partidos de extrema direita ultrapassa 30%, em comparação com menos de 10% nas eleições anteriores, realizadas em 2020.

Essas projeções, baseadas em pesquisas de boca de urna, devem ser analisadas com cautela, aguardando a divulgação dos resultados parciais.

Se confirmadas, essas previsões indicariam um Parlamento fragmentado e difíceis negociações para a formação de um governo.

Essas eleições legislativas ocorrem entre os dois turnos da eleição presidencial. No primeiro turno, realizado em 24 de novembro, o país foi abalado pela vitória do candidato de extrema direita Calin Georgescu, em meio a suspeitas sobre a integridade do pleito.

As autoridades apontaram para uma possível influência russa neste país vizinho da Ucrânia e para o papel da plataforma TikTok. O Tribunal Constitucional ordenou a recontagem dos votos, e o processo está em andamento.

"Os romenos enviaram uma mensagem importante à classe política", declarou, após a divulgação das primeiras sondagens, o primeiro-ministro social-democrata Marcel Ciolacu, eliminado do segundo turno da corrida presidencial no domingo anterior.

Segundo ele, a mensagem é que os romenos querem manter o rumo europeu, "mas também proteger nossa identidade e nossos valores nacionais".

Nestas eleições legislativas, a extrema direita apresentou-se dividida em várias formações que compartilham a oposição ao apoio da UE à Ucrânia contra a invasão russa, em nome da "paz", e a defesa dos "valores cristãos" em um país de 19 milhões de habitantes.

A taxa de participação foi de 52%, a mais alta em duas décadas.

Desde a queda do comunismo em 1989, nenhuma força política havia apresentado um crescimento tão expressivo quanto o da extrema direita nestas eleições, marcadas por dificuldades econômicas e pela guerra no país vizinho.

- Uma escolha "existencial" -

George Sorin, economista de 45 anos, votou em um partido nacionalista.

O Parlamento atual "não fez nada além de servir aos interesses da Ucrânia, aprovando uma série de ajudas sem qualquer explicação" e esquecendo "os [interesses] da Romênia", afirmou, criticando também "o servilismo" em relação a Bruxelas.

Do lado pró-europeu, o partido de centro USR, cuja líder Elena Lasconi qualificou-se para o segundo turno das presidenciais, obteve 15% dos votos, o mesmo que os liberais.

O presidente romeno, Klaus Iohannis, afirmou que estas eleições são "cruciais para o futuro da Romênia nos próximos anos".

 

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