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AIE: mais da metade da eletricidade terá baixa emissão de carbono até 2030
AIE: mais da metade da eletricidade terá baixa emissão de carbono até 2030 / foto: Daniel ROLAND - AFP/Arquivos

AIE: mais da metade da eletricidade terá baixa emissão de carbono até 2030

Mais de metade da energia elétrica do planeta será produzida por fontes de baixa emissão de carbono até o final da década, mas o mundo continua "longe de uma trajetória alinhada" com a neutralidade de carbono, afirmou nesta quarta-feira (16) a Agência Internacional de Energia (AIE).

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"Na história da energia, testemunhamos a era do carvão e a era do petróleo. Agora estamos entrando rapidamente na era da eletricidade, que definirá o sistema global de energia no futuro e será cada vez mais baseado em fontes limpas de eletricidade", afirmou o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, citado no relatório anual da organização.

No documento, a AIE mantém a previsão de pico da demanda para todas as energias fósseis (petróleo, gás e carvão) "até o fim da década".

As previsões são contrárias aos prognósticos da indústria do petróleo e gás da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que projetam um uso maior destas fontes de energia.

"Com a energia nuclear, objeto de interesse renovado em muitos países, espera-se que as fontes (energéticas) de baixas emissões, como a eólica e a solar, produzam mais de metade da eletricidade mundial até 2030", segundo a AIE.

A agência de energia da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) descreve uma demanda de energia elétrica impulsionada pela indústria, mobilidade elétrica, inteligência artificial, por 11.000 centros de dados mundiais e pelo uso do ar condicionado.

Também destaca que, apesar do estímulo por uma transição para a energia limpa, "o mundo segue distante de uma trajetória alinhada com os objetivos da neutralidade de carbono" até 2050. A AIE faz um apelo por uma aceleração da tendência.

"Um nível recorde de energia limpa foi atingido em 2023, mas dois terços do aumento da demanda por energia ainda foram atendidos por combustíveis fósseis", observa a AIE.

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