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Prisão de jornalistas iranianas é um 'escândalo', dizem organizações em defesa da liberdade de imprensa
Prisão de jornalistas iranianas é um 'escândalo', dizem organizações em defesa da liberdade de imprensa / foto: Christina ASSI - AFP/Arquivos

Prisão de jornalistas iranianas é um 'escândalo', dizem organizações em defesa da liberdade de imprensa

Organizações em defesa da liberdade de imprensa condenaram, nesta segunda-feira (23), as penas de prisão de seis e sete anos impostas à duas jornalistas iranianas que cobriram o caso de Mahsa Amini - morta sob custódia, após ser detida pelo uso de roupa inadequada para o código de vestimenta da República Islâmica.

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Niloufar Hamedi, de 31 anos, trabalhadora do jornal iraniano Shargh, foi ao hospital onde Mahsa Amini ficou em coma por três dias antes de morrer, e Elaheh Mohammadi, de 36 anos, jornalista do Ham Mihan, foi à cidade natal da jovem, em Saqqes, no oeste, para cobrir seu funeral.

As duas jornalistas foram detidas pouco depois, em setembro de 2022, e colocadas em prisão preventiva enquanto aguardavam julgamento e veredicto.

"A sentença é um escândalo. Um ano de prisão preventiva não satisfez a sede de vingança da República Islâmica", afirmou o chefe do escritório do Repórteres sem Fronteiras (RSF), Jonathan Dagher.

"São uma paródia (da justiça) e uma ilustração sombria da erosão da liberdade de expressão", disse o diretor do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) do Oriente Médio e Norte de África, Sherif Mansour.

Segundo o site especializado em assuntos jurídicos, Mizan Online, Elaheh Mohammadi foi condenada a seis anos de prisão e Niloufar Hamedi a sete por colaborarem com os Estados Unidos. Durante o julgamento, as duas negaram as acusações.

Ambas as jornalistas também foram condenadas a cinco anos de prisão por conspiração contra a segurança do Estado e a um ano de prisão por propaganda contra a República Islâmica, informou o Mizan Online, que indicou que as penas seriam cumpridas ao mesmo tempo.

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