Homem com explosivos morreu após tentar entrar no STF em Brasília
Um homem carregando explosivos morreu nesta quarta-feira (13) após tentar, sem sucesso, entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, informou o governo do Distrito Federal, acrescentando que também ocorreu a explosão de um veículo nas proximidades, sem provocar mais vítimas.
"Logo após a explosão [de um veículo], o cidadão se aproximou do Supremo, aonde ele tentou entrar dentro do prédio e não conseguiu. E realmente teve a explosão ali na porta", disse em coletiva de imprensa a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).
As informações preliminares indicam que foi um "suicídio", acrescentou a a vice-governadora, afirmando que, por ora, não é possível determinar a identidade da pessoa, pois o corpo ainda está com "artefatos".
Celina também cogitou a possibilidade de tratar-se de "um lobo solitário".
As explosões não deixaram nenhum ferido.
Anteriormente, as autoridades informaram ter encontrado uma pessoa morta nas proximidades do Supremo, após duas explosões que forçaram a evacuação do edifício.
O Supremo disse em comunicado que "ao final da sessão [...] dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança".
A sede do STF fica na Praça dos Três Poderes, onde também estão situados o Palácio de Planalto e o Congresso Nacional.
O Palácio do Planalto está fechado e toda a área foi isolada, enquanto uma grande operação de segurança se desenvolvia na região, constatou um fotógrafo da AFP.
"Eu estava na parada e aí o cara simplesmente passou (...) Do nada, a gente ouviu simplesmente um barulho, eu olhei para atrás, na hora do barulho, e saiu fogo, aquela fumaça. Os seguranças do STF vieram", relatou à mídia local Laiana Costa, funcionária administrativa do Tribunal de Contas da União (TCU).
A Polícia Federal informou que abriu uma investigação para esclarecer a origem dos "ataques", que ocorreram no fim da tarde.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no Palácio do Planalto no momento das explosões, disse à AFP um porta-voz da Presidência.
A Praça dos Três Poderes foi palco de um ato sem precedentes em 8 de janeiro de 2023, uma semana depois da volta de Lula ao poder.
À época, milhares de bolsonaristas, inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro, invadiram os edifícios e provocaram enorme destruição.
As explosões desta quarta acontecem às vésperas da cúpula de líderes do G20 no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro.
No dia 20, Lula tem uma reunião marcada em Brasília com seu par chinês, Xi Jinping.
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