Irã condena três à morte por assassinato de cientista nuclear
O Irã sentenciou três pessoas à morte pelo assassinato do cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh em 2020, informou a Justiça do país nesta terça-feira (5).
"Os processos judiciais destas três pessoas aconteceram na Corte Revolucionária de Urmia e foram sentenciadas à morte na fase inicial. O caso está atualmente em fase de recurso", declarou o porta-voz judicial Asghar Jahangir em uma coletiva de imprensa no Teerã.
Fakhrizadeh foi assassinado em uma emboscada quando viajava em seu veículo fora da capital, em novembro de 2020, um ataque de Irã atribuiu ao seu arqui-inimigo Israel.
"Após as investigações, três pessoas foram presas na província de Azerbaijão Ocidental, acusadas de cometerem espionagem para o regime de ocupação de Israel", declarou Jahangir.
Além disso, acrescentou que os três também foram "acusados de transportar equipes ao Irã para o assassinado do mártir Fakhrizadeh, escondidas como bebidas alcoólicas de contrabando”.
Em dezembro de 2022, o então porta-voz judicial Massoud Setayeshi afirmou que nove pessoas foram acusadas do crime capital de “corrupção no local” por supostamente conspirarem com Israel para assassinar o cientista.
Quando morreu, Fakhrizadeh enfrentava sanções dos EUA por seu papel no programa nuclear iraniano.
As autoridades iranianas afirmaram que os atacantes utilizaram uma bomba e uma metralhadora com controle remoto.
Israel nunca se pronunciou sobre o caso.
O governo israelense acusou, em 2018, Fakhrizadeh de encabeçar os esforços iranianos por desenvolver uma bomba atômica, algo que o Irã sempre negou com veemência.
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