Ambientalistas advertem para risco de extinção de peixes-bois na Guatemala
Ambientalistas da Guatemala advertiram, nesta terça-feira (28), que as atividades humanas, como a caça ilegal, a pesca e as alterações e contaminação de seu ecossistema podem levar à extinção dos peixes-bois no país, onde a espécie não tem mais de 60 exemplares.
"Atualmente, calculamos que existem pouco menos de 60 exemplares [de peixes-bois] vivendo no país. Há 20 anos, tínhamos uma população de mais ou menos 150", disse a jornalistas a militante ecologista Jenifer Calderón.
Calderón dirige a Fundação para o Desenvolvimento das Zonas Secas e Semiáridas da Mesomérica, que lançou, em parceria com instituições públicas e privadas, um plano de preservação do "peixe-boi-marinho" (Trichechus manatus manatus), uma subespécie que habita nas águas do mar do Caribe, no Rio Doce e no Lado de Izabal, que ficam no noroeste da Guatemala.
O mamífero aquático, também conhecido como "vaca-marinha", está em "perigo" de extinção, de acordo com a lista vermelha feita pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
A ambientalista explicou que entre as principais causas da redução da população de peixes-bois na Guatemala estão a caça ilegal para o consumo da carne, as redes usadas para a pesca em que alguns dos animais ficam presos e a contaminação do ecossistema em que os mamíferos vivem.
Calderón afirmou, ainda, que em algumas ocasiões os espécimes são atingidos por embarcações. O Conselho Nacional de Áreas Protegidas, uma organização estatal, tem ajudado a impulsionar a aplicação de um regulamento que estabeleça um limite de velocidade de navegação nas zonas habitadas pelos peixes-bois.
"Estamos fazendo um chamado à ação para divulgar a problemática que o país enfrenta" em relação ao peixe-boi, que está "em perigo de extinção", alertou Calderón.
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