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EUA, Europa e Japão enfrentam ondas de calor extremas
EUA, Europa e Japão enfrentam ondas de calor extremas / foto: Joseph Prezioso - AFP

EUA, Europa e Japão enfrentam ondas de calor extremas

Várias regiões do mundo devem registrar temperaturas recordes neste sábado (15), nos Estados Unidos, Europa e Japão, o que obriga as autoridades a adotar medidas drásticas diante dos riscos provocados pelas temperaturas extremas, que representam o exemplo mais recente da ameaça da mudança climática.

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O centro meteorológico italiano CNI emitiu um alerta para "a onda de calor mais intensa do verão (hemisfério norte) e uma das mais intensas de todos os tempos".

O sul da Itália pode registrar a partir deste sábado temperaturas levemente superiores a 38°C na Sardenha, Sicília, Calábria e Apúlia, com "máximas de 40 graus ou mais, em particular no domingo".

Em Roma, a temperatura pode subir a 40°C na segunda-feira e alcançar entre 42 e 43 graus na terça-feira, superando o recorde de 40,5°C de agosto de 2007.

A ilha da Sardenha também pode superar os 48,8°C de 11 de agosto de 2021, a temperatura mais elevada que já foi registrada na Europa.

Espanha, o leste da França, Alemanha e Polônia também enfrentaram uma onda de calor intensa.

Na Grécia, as autoridades fecharam na sexta-feira a Acrópole de Atenas durante o período mais quente do dia. A medida segue em vigor neste sábado.

O fechamento do monumento mais visitado da Grécia, que está na lista de Patrimônio Mundial da Unesco, foi determinado "para proteger os trabalhadores e os visitantes", afirmou a ministra da Cultura e dos Esportes, Lina Mendoni.

A meteorologia prevê temperaturas de entre 40°C e 41°C em Atenas, "mas a sensação térmica (...) que o corpo sente é consideravelmente maior no topo da Acrópole, onde fica o Partenon", advertiu a ministra.

- Onda de calor nos Estados Unidos -

Nos Estados Unidos, a intensa onda de calor se estende da Califórnia ao Texas e o pico da temperatura está previsto para o fim de semana.

Durante toda a semana, milhões de pessoas dos estados do sudoeste sofreram os efeitos do calor extremo, que representa um risco para os idosos, trabalhadores do setor de construção, carteiros, entregadores e pessoas sem-teto.

Phoenix, a capital do Arizona, registrou na sexta-feira o 15º dia consecutivo de temperatura acima dos 43°C, segundo o Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos (NWS, na sigla em inglês).

O Vale da Morte, na Califórnia, um dos lugares mais quentes da Terra, também pode alcançar novos picos no domingo, com 54°C.

O sul da Califórnia tem vários incêndios ativos, incluindo um no condado de Riverside que devastou mais de 1.200 hectares e motivou uma ordem de saída para os moradores.

Algumas regiões da China, incluindo a capital Pequim, sofrem há várias semanas com períodos de calor intenso combinados com fortes chuvas.

No Japão, a agência meteorológica recomendou medidas de precaução à população durante os próximos dias, quando as temperaturas podem alcançar de 38 a 39 graus, o que representaria um novo recorde.

A cidade de Akita, norte do país, registrou em apenas algumas horas a quantidade de chuva que estava prevista para todo o mês de julho, informou o canal NHK.

A tempestade provocou um deslizamento de terra e 9.000 pessoas foram obrigadas a procurar abrigos.

- Riscos de incêndios -

A nível mundial, o mês passado foi o mês de junho mais quente já registrado, de acordo com a agência europeia Copernicus, a Nasa e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos.

A primeira semana de julho foi a mais quente já registrada, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O calor é um dos eventos meteorológicos mais mortais, recordou a OMM. No verão do ano passado, apenas na Europa, as fortes temperaturas provocaram mais de 60.000 mortes, com 18.000 vítimas fatais na Itália, o país mais afetado, segundo um estudo publicado recentemente na revista Nature Medicine.

Além disso, a onda de calor aumenta o risco de incêndios.

Na Grécia, que registrou grandes incêndios florestais em 2021, as autoridades alertaram para o risco elevado de novos incidentes, em particular nas regiões com previsões de fortes ventos.

Na América do Norte, o verão é marcado por uma série de catástrofes meteorológicas. A fumaça de mais de 500 focos de incêndios fora de controle no Canadá provocou vários episódios de poluição atmosférica que afetaram diversas áreas do nordeste dos Estados Unidos em junho.

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